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China rebate acusação do Googl
O Ministério do Exterior da China anunciou nesta terça-feira (22) que não aceitava acusações do Google de que o governo chinês estava dificultando o uso do serviço Gmail a usuários do país.
Jian Yu, porta-voz do Ministério do Exterior, evitou entrar em detalhes, mas rebateu a acusação. - É uma acusação inaceitável. Nesta segunda-feira (21), uma porta-voz do Google declarou que qualquer dificuldade que os usuários chineses possam ter enfrentado nas últimas semanas para o acesso ao serviço de e-mail Gmail resultava provavelmente de bloqueios governamentais. Os usuários do Gmail na China afirmaram que continuavam capazes de acessar suas contas, mas depois disso não conseguiam realizar tarefas tais como enviar e-mails ou consultar suas agendas. Ainda ontem, as ações do Google registraram alta de 2,8%, enquanto as do rival chinês Sina subiam 5,5% e as da Baidu, uma operadora chinesa de serviços de busca, subiam 2,9%. As disputas entre o Google e o governo chinês começaram em janeiro de 2010, quando a empresa anunciou que não estava mais disposto a censurar os resultados de buscas no país. Antes, a empresa incluía uma notificação em seu site chinês alertando de que buscas não haviam podido ser concluídas devido às leis locais. Buscas por termos considerados sensíveis pelos censores chineses costumam ser bloqueadas regularmente. Serviços chineses de buscas como os da Baidu filtram esses resultados voluntariamente. Essa não é a primeira vez que o Google acusa a China de interferir com seus serviços. Em janeiro, a empresa afirmou ter descoberto sofisticados ataques realizados da China contra ativistas dos direitos humanos que utilizam o Gmail em todo o mundo. Os meses de disputa entre o Google e as autoridades chinesas foram causa de dificuldades diplomáticas entre Pequim e Washington em 2010. A censura ao conteúdo da web se intensificou na China depois de apelos em sites estrangeiros por uma "revolução jasmim", ou seja, manifestações antigovernamentais como as que vêm acontecendo no Oriente Médio e norte da África. Copyright Thomson Reuters 2011